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Mostrando postagens de junho, 2011

Estrangeiro em Mim (Badi Assad)

Se fecho os olhos ainda me sinto como antes Antes quando o olhar era profundo Nossa fala não como gomo de fruta cítrica Antes quando os olhos eram apenas arcos Mas tempo passa e a gente muda E onde havia mar hoje nem aquário E ternos abraços em vestidos Nem no armário Você, você, você Estrangeiro em mim Se fecho os olhos ainda me sinto como antes Antes quando o olhar era profundo Nossa fala não como gomo de fruta cítrica Antes quando os olhos eram apenas arcos Mas tempo passa e a gente muda E onde havia mar hoje nem naufrágio E ternos abraços em vestidos Nem no armário E tão triste sentir o seu verso esdrúxulo, não mais idílico Laços evitando em serem nós E o meu ventre que aprendeu a ser ventríloquo E tão triste sentir sua língua revelando outras linguagens O seu peso não afastando os meus pesares Tatos não mais como tatuagem Mas tempo passa e a gente se cansa De ser lança na lua cheia de dragão E o nosso sol se expõe na solidão Você, você, você Estrangeiro em mim